(Wagner Borges)
É a causa do brilho da aurora nos olhos de quem ama. É um presente. Viajar com o amor no coração equivale a viver com um sol no peito. É o mesmo que portar a essência das estrelas em seu sopro vital. Significa respirar o sutil no sentimento e comungar pensamentos que só alguém na mesma sintonia perceberá. O amor forma laços vitais entre as pessoas.
Porém, muitas vezes certas pré-disposições internas (filhas do passado mal-resolvido emocionalmente) interferem, formando barreiras e separando-as sem que o motivo real seja detectado. Outras vezes, é apenas o ego sabotando o carinho e tirando das pessoas o seu melhor: a capacidade de enternecer o coração.
Muitas destroem o carinho por demandas do ego negativo e passam a fazer do relacionamento uma disputa de poder. Confundem o amor com dependência alienante e a própria arrogância com força de vontade. Corrompem o amor com posturas teimosas e encapam o coração com camadas de autodefesa e armam suas vidas com carradas de ironias. Parecem firmes por fora, mas perderam o seu melhor por dentro.
Para aqueles que disputam a supremacia sobre o outro há um preço alto a pagar: perde-se o brilho da aurora do amor nos olhos. No entanto, de que adianta empertigar a cabeça e parecer autossuficiente emocionalmente por fora, se por dentro o coração está cercado pelas trevas da insegurança e os olhos já não brilham mais?
(Continua)
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