sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Por que as folhas caem?


 

(Letícia Thompson)

 

A cada outono, certas plantas e árvores preparam-se para um repouso

necessário e vital à sua vida e continuação.

Algumas espécies de árvores matizam-se de várias cores, num maravilhoso contraste entre a melancolia e a beleza extrema. Depois, uma a uma, as folhas caem, como lágrimas, até que as árvores, nuas e tristes, abram os braços ao inverno e esperem, pacientemente, a primavera, que restaurará cada folha caída.

Por que para nós seria diferente? Por que não perder antes de reencontrar, por que não as lágrimas, por que não dias áridos, frios e

secos? E por que não a esperança de que a primavera volte? Porque,

creiam, ela volta sempre!

Talvez nos julguemos bons demais para receber o sofrimento, como se ele fosse sempre símbolo de castigo e não algo necessário ao nosso crescimento.

As folhas caem e as árvores parecem assim tão desprotegidas, tão

solitárias!... e eu me pergunto o que faz com que sobrevivam.

Elas entendem que esse período é necessário à sua renovação. Elas

aceitam, doam-se e esperam e recebem de volta, no tempo oportuno.

Assim somos nós com todas as perdas que sofremos, com as lágrimas que

escorrem e salgam nossa boca, com o tempo que parece interminável ou as noites longas demais.

Tanto que não entendemos e não aceitamos o sofrimento, ele se

prolongará. Tanto que não vemos isso como uma fase, apenas uma fase, a

ferida estará aberta e sangrará.

Não aceitar o outono e negar o inverno não faz com que não existam.

Apenas nos deixam fora de uma realidade que chega pra todo mundo.

Não somos maus demais para recebê-los como um castigo e nem bons demais para que possamos não acolhê-los.

As árvores perdem as folhas e perdemos os nossos. Elas choram e choramos também. Elas esperam e nada há que nos impeça de esperar.

E elas recebem, a seu tempo determinado, novos galhos e novas folhas,

novas flores e novos frutos. Sentem-se assim completas.

Somos assim o que somos e o mesmo Deus que sustenta as árvores, nos

sustenta a nós!

E Ele nos poda, nos molda, nos deixa nús e aparentemente sem defesa, mas está sempre presente e estará ainda quando a primavera voltar, quando seremos, depois do inverno frio, renovados e prontos para recomeçar.

 

 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Criança antiga - Para o Dia da Criança


Madô Martins* publicado na RUBEM

Tão perto do Dia das Crianças, lembrei de uma crônica escrita em 2003 exatamente para uma edição especial sobre a data e para as homenageadas, que trago de volta para ser lida ou relida. Tinha como título: "O poema de Carlinhos". Aí vai:

E como hoje é seu dia, criança, é para você que escrevo neste domingo. Já ouviu falar no poeta Carlos Drummond de Andrade? É um velhinho careca, magro e de óculos que você deve ter visto num quadro ou livro da biblioteca da escola. Se não viu, peça para a professora mostrar.

Pois bem, esse velhinho, que já morreu, foi criança um dia, como você. E quando cresceu, começou a escrever poesias – aquele jeito diferente de contar histórias sem falar muito – e deixou para a gente uma lembrança de seu tempo de menino, feita em versos.

Carlos era um garoto que morava no campo e gostava muito de ficar lendo as aventuras de Robson Crusoe, um herói antigo, bem diferente dos que hoje você vê na tevê ou nas revistas em quadrinhos.

Robson Crusoe viajava pelo mar, mas seu navio afundou. Nadou até uma ilha desconhecida, juntou os restos do navio que as ondas levaram para a praia e conseguiu sobreviver, sozinho. Em folhas de papel que deixou secar ao sol, começou a escrever um diário.

Pensava que era o único homem na ilha, quando encontrou uma espécie de índio, que morava lá, não usava roupas nem falava sua língua. E como isso aconteceu numa sexta-feira, passou a chamá-lo por esse nome. O viajante e seu amigo viveram muitas aventuras, todas contadas no tal diário, que virou o livro que Carlinhos lia e admirava. Às vezes, queria ter uma vida agitada como a de seu herói.

Na fazenda, tudo era calma e rotina. A mãe ficava costurando na sala, enquanto ele brincava e o irmãozinho dormia, tranquilo, no berço. Uma certa hora do dia, a "preta-velha" chamava para o café – e ele lembrava da voz dela, fazendo-o dormir com cantigas de ninar. Era a hora do lanche, que a cozinheira preparava com carinho.

Seu pai chegava com a noite, depois de um dia de trabalho na roça. Carlinhos não podia vê-lo da janela, mas sabia que o tempo todo ele estava lá, naqueles campos sem fim que rodeavam a casa. E olhando tudo aquilo, a sala, a mãe, o irmão bebê, a cozinheira, o mato, sentindo o calor do fogão a lenha, tendo nas mãos o livro preferido e no coração a certeza que o pai logo ia chegar, o menino entendeu, e nunca esqueceu, que sua vida era muito, muito melhor do que a de Robson Crusoe.

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Madô Martins é escritora e jornalista, com 12 livros publicados e mais de 600 crônicas impressas aos domingos no jornal A Tribuna, de Santos/SP. Na RUBEM, escreve quinzenalmente às sexta-feiras.

http://rubem.wordpress.com/2014/10/10/crianca-antiga-mado-martins/

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Conceito de desenvolvimento sustentável

"Aquele que satisfaz as necessidades da geração presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras satisfazerem as suas necessidades." Foi cunhado em meados dos anos 80 no relatório Nosso Futuro Comum produzido por uma comissão internacional liderada pela então primeira Ministra da Noruega, Gro Brundtland, daí o relatório ser também conhecido por Relatório Brundtland.

Este relatório se tornou uma espécie de livro-texto ou referência histórica sobre os conceitos, princípios e diretrizes do desenvolvimento sustentável. Entre suas recomendações estavam:

- limitação do crescimento populacional;
- garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) em longo prazo;
- preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;
- aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
- controle da urbanização desordenada;
- integração entre campo e cidades menores e
- o atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DEUS ESTÁ AO NOSSO LADO


Para ver os sinais Dessa presença grandiosa, basta aprender a ler o grande livro da natureza.

Cada estrela que reluz no céu é um recado do Pai Celeste. O brilho dos sóis, nas galáxias distantes, nos fala da magnífica Criação além da Terra.

E nos transmite a mensagem silenciosa: mesmo no breu das noites escuras, há luzes de esperança.

Deus está vivo nas flores que criou para enfeitar jardins e campos. Girassóis, lírios, rosas e margaridas traduzem o carinho Divino por todos nós.

Se Deus os veste tão ricamente, muito mais faz por nós.

Cantoria de passarinhos, brisa que agita os cabelos, o espetáculo do mar que brilha ao sol – tudo isso é Deus sussurrando mensagens de beleza e harmonia aos nossos ouvidos cansados, como um hino de esperança.

Por isso não demoremos mais: abramos a janela da alma para Deus. Ele está ali, no templo do nosso coração.

Para amá-lO, aprendamos a cuidar de tudo o que Ele criou. Mesmo que não entendamos alguém, não concordemos com algo ou não gostemos de alguma coisa, esforcemo-nos, ao menos, para respeitar o fruto do trabalho Divino. Já é um belo começo.

Deus sorri de volta quando O buscamos. Portanto, busquemo-lO.

Um dia, estaremos frente a frente com a morte. E mesmo que tenhamos milhares de amigos, esta será uma experiência solitária, uma viagem individual.

Estaremos diante de nós mesmos. Os parentes, amigos e amores ficarão para trás. Ou terão partido antes.

E nessa hora suprema, haverá somente um Ser a quem poderemos chamar com inteira confiança: Deus.

É ao nosso Pai que volveremos os olhos cheios de esperança. E Ele – que nos ama muito – estenderá até nós o Seu amor e seremos abraçados, acolhidos.

No colo desse Pai Divino, nos sentiremos embalados como pequenas crianças. E nosso coração se encherá de imortal alegria.


(Redação do Momento Espírita)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sabedoria

Não há gigantes no território da emoção. Todos passamos por períodos dolorosos. Ninguém consegue controlar todas as variáveis dentro e fora de si. Por isso, a vida humana é sinuosa, turbulenta e bela. A sabedoria de um homem não está em não errar, chorar, se angustiar e se fragilizar, mas em usar seu sofrimento como alicerce de sua maturidade.
(Augusto Cury)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

RECOMEÇAR!


É como andar pelo mesmo caminho, só que com sapatos diferentes, é querer tentar mais uma vez, só que com um novo coração. Nem sempre posso garantir que conseguirei algo, mas eu posso garantir que eu jamais irei desistir de tentar... Quantas vezes forem necessárias eu irei recomeçar e fazer o melhor, Deus que lá do céu tudo vê, verá meu esforço e honrará a minha fé, força e determinação.

E em um desses recomeços acertarei e conquistarei a vitória. (Yla Fernandes)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CITAÇÕES


Muito frequentemente, nós subestimamos o poder do carinho, de um sorriso, uma palavra amável, um ombro amigo, dar ouvidos, um elogio honesto, ou o menor ato de dedicação, pois todos têm o poder de transformar uma vida.
(Léo Buscaglia)

 

"A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros".
(Chico Xavier)


Só que já perdeu na vida sabe o que é ganhar, porque encontrou na derrota algum motivo pra lutar! E assim viu no outono a primavera e descrobriu queé no conflito que a vida faz crescer.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ouse sonhar!



Ouse sonhar
Pois, os sonhadores vêem o amanhã
Ouse fazer um desejo,
Pois desejar abre caminhos para a esperança
E ela é o que nos mantém vivos.
Ouse buscar as coisas
Que ninguém mais pode ver.
Não tenha medo de ver
O que os outros não podem.
Acredite em seu coração
E, em sua própria bondade,
Pois, ao fazê-lo,
Outros acreditarão nisso também.

 (De Miscelânia)