quarta-feira, 27 de abril de 2011

A vida machuca...

A vida machuca, a vida é dolorosa, a vida é sofrimento.
Não há nada na vida que não implique provação.
Não há nada de valor que não tenha um custo.
Ainda assim, devemos seguir em frente.
Tudo que é grande exige uma série de pequenas ações.
Se perseverarmos bons tempos virão, se buscarmos sempre, mesmo que na escuridão, seremos certamente orientados.
Se lutarmos a qualquer custo contra o mal, a retidão triunfará.

Den Ming-Dao



terça-feira, 26 de abril de 2011

PSICOTERAPIA

 

Psicologia significa o estudo da alma. É a ciência que se dedica a estudar o indivíduo em sua essência: sua mente, razão, instintos, desejos, emoções, comportamentos e seus conflitos nas relações com os outros e consigo mesmo.
Parece lógico alguém que não está enxergando bem procurar um oftalmologista ou alguém que quebrou um dente procurar um dentista, mas por que ainda é tão complicado para aqueles que sofrem com seus problemas psicológicos, procurar um psicólogo?

Quando algo não vai bem, incomoda, machuca, persiste e não encontramos recursos suficientes em nós mesmos para compreender e enfrentar a situação que está afetando ou impedindo o andamento saudável de nossa vida, podemos buscar um auxílio psicológico. A Psicologia vai buscar um ponto de equilíbrio entre suas emoções, suas razões e seus comportamentos para favorecer atitudes que gerem segurança e bem-estar.

O psicólogo vai escutá-lo e ajudá-lo a identificar suas dificuldades e necessidades, a refletir a respeito delas e de suas causas criando meios para tratar estes conflitos, gerando, assim modificações positivas em sua vida. Alguns benefícios que um bom processo psicoterapêutico poderá trazer:

- De início, pode-se dizer que o simples compartilhar desses conflitos já ajuda a aliviar a pressão causadora de sofrimento.

-Em seguida, durante o processo psicoterapêutico, você passará a compreender progressivamente seus conteúdos internos e suas atitudes. Assim, poderá ver as coisas por outros ângulos e enxergar o que antes era desconhecido para você mesmo.

-Será mais fácil, por exemplo, perceber de que forma e em que intensidade você se deixa atingir pelo seu ambiente, pelas pessoas ou por sua história de vida.
-Proporcionará analisar com maior clareza de que maneira você está levando sua vida, como lida com seus limites, sentimentos, frustrações.

-Aumentará sua percepção a respeito de suas qualidades positivas e negativas de forma a poder utilizá-las mais a seu favor.

-Auxiliará na modificação de comportamentos e hábitos prejudiciais.
-Favorecerá a liberação de sentimentos indesejáveis, ilusões, racionalizações e equívocos sobre si mesmo e sobre os outros.

-Resgatará a auto-estima.

-Permitirá a tomada de decisões mais conscientes para sua vida porque ampliará a visualização de outras possibilidades.

-Promoverá a que quebra do círculo vicioso de comportamentos padrão, sentimentos, pensamentos e atitudes que você insiste em repetir e nem se dá conta.
-Ajudará a lidar com as insatisfações e frustrações.

-Cuidará de problemas específicos que lhe estão incomodando, entre outros.  

A Psicoterapia pode, realmente, lhe trazer muitos destes benefícios, mas é importante que se saiba que isso leva tempo e demanda esforço e disciplina do paciente. É um processo muitas vezes doloroso, mas que traz como recompensa o amadurecimento, crescimento e desenvolvimento pessoal. A procura pelo auxílio de um psicólogo pode se dar pelos mais diversos motivos que vão desde problemas emergenciais muito bem focalizados, orientações e esclarecimentos, dificuldades existenciais ou mesmo pela busca de autoconhecimento. Entre tais motivos podemos destacar:

- Perdas (de um ente querido, emprego, separação conjugal, etc); Problemas de relacionamento interpessoal com a família, amigos, colegas de trabalho, cônjuge; Timidez; Depressão; Stress; Insegurança; Dificuldades Afetivas; Incapacidade para lidar com mudanças; Fobias; Pânico; Alterações frequentes de humor; Transtorno de ansiedade; Transtorno obsessivo-compulsivo; Transtornos alimentares; Problemas sexuais; Doenças psicossomáticas; Problemas de aprendizagem; Orientação vocacional; Crises de transição das fases da vida como adolescência, maturidade, envelhecimento, etc.
Quanto mais cedo se procura ajuda, mais cedo se diagnostica e se trata o problema. Para que o processo psicoterapêutico se dê de forma satisfatória é preciso saber que o psicólogo não tem sozinho as respostas que você procura e, portanto, não lhe dará soluções mágicas.

O sucesso da terapia ocorrerá como resultado do trabalho e do comprometimento do terapeuta e do paciente. A atitude firme do paciente em querer melhorar é fundamental para o sucesso da terapia da mesma forma que é importante a competência profissional do terapeuta. Quanto à duração do processo psicoterapêutico deve-se dizer que não há um tempo certo para finalizar um tratamento. Cada caso tem suas características próprias, assim como cada pessoa tem um ritmo único e pessoal para lidar com sua subjetividade.
Procurar ajuda psicológica é um sinal de coragem e maturidade. É a oportunidade que você se dá para olhar de frente seus problemas e as dificuldades causadoras de infelicidade e sofrimento para aprender a melhor maneira de lidar com elas, se fortalecer, desenvolver seus potenciais, se autoconhecer. É um investimento na sua qualidade de vida e no seu crescimento pessoal. Fazer psicoterapia é reservar um espaço e um tempo na sua vida para cuidar de você! 

 

Clariane Kerscher 

R. Augusto Wunderwald, 34 - Próximo ao Lojão Topa Tudo

Telefones: 3633.0438 / 8803.9438

 


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quarta-feira, 20 de abril de 2011

PÁSCOA


É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
É uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós.
Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho. É vermos que hoje... somos melhores do que fomos ontem.

(Colaboração - Hobby Vídeo)

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Para refletir:

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender.

E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.

A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."

(Nelson Mandela)


FAZER O QUE GOSTA

(Stephen Kanitz)

A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado. Empresas pagam a profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que normalmente é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia. Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana. 

É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça. 

As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral. 

O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito. 

Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam". 

Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero, bem feito. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição. 

Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário. 

Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito. 

Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros. 

Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer. Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser até criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. 

Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu chefe, seus colegas, seu país e a si mesmo.

(Colaboração - Prof. Leandro Pyckosz)

 





terça-feira, 19 de abril de 2011

ALMAS PERFUMADAS

(Carlos Drumond de Andrade)

 

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta, de sol quando acorda, de flor quando ri.  Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede, que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça, lambuzando o queixo de sorvete, melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro e a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.  Tem gente que tem cheiro de colo de Deus, de banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.

Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo, sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal, do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.

Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria, recebendo um buquê de carinhos, abraçando um filhote de urso panda, tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa, do brinquedo que a gente não largava, do acalanto que o silêncio canta, de passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo, corre em outras veias, pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado e a gente ri grande que nem menino arteiro.

Tem gente, COMO VOCÊ, que nem percebe como tem a alma perfumada!
E que esse perfume é dom de Deus.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

É LOUCURA

 

É loucura, odiar todas as rosas por que uma te espetou...

Perder a fé em todas as orações, porque numa não foste atendido...

Desistir de todos os esforços,

Porque um deles fracassou...

Condenar todas as amizades

Porque uma te traiu...

Descrer de todo o amor,

Porque um deles te foi infiel...

Jogar fora todas as chances de ser feliz,

Porque uma tentativa não deu certo...

Espero que na tua caminhada, não cometas essas loucuras.

Há sempre uma outra CHANCE,

Uma outra AMIZADE,

Um outro AMOR,

Uma nova FORÇA.

É só ser "perseverante" e procurar ser mais FELIZ a cada dia.

A glória não consiste em jamais cair, mas sim de erguer-se toda vez que for necessário!

 


Aproveitando as oportunidades!


Será que estamos aproveitando as oportunidades que a vida nos oferece?

Certa vez, um pescador observava a atitude de outro colega de pescaria. Logo no início da pescaria, um fato lhe chamou a atenção: cada peixe que o colega pescava ele media com um palmo, e se fosse maior do que sua mão aberta, ele devolvia o peixe ao rio. Mas se fosse menor, ele guardava no seu samburá de pesca!

Depois de acompanhar intrigado a atitude, o pescador que observava a ação repetitiva do outro não se conteve e perguntou ao colega: "por que você guarda os peixes que são menores e devolve ao rio justamente os maiores?". E o companheiro na maior naturalidade responde: "É que este é o tamanho da minha frigideira!"

Parece engraçado, mas nós muitas vezes cometemos a mesma atitude. Jogamos excelentes oportunidades por acharmos que "nossa frigideira" é menor do que é na realidade!.

Amigo leitor: vamos exercitar o nosso desejo de evoluir, a nossa vontade de progredir. O nosso desejo hoje é o ponto de partida para sermos mais do que fomos ontem! O primeiro passo é acreditar que a partir de nossa vontade de vencer, o Universo começa a trabalhar a nosso favor!

Nós é que criamos as condições necessárias para alcançarmos os objetivos e ao mesmo tempo influenciar o meio onde vivemos, para termos um mundo melhor, pois o mundo exterior é o reflexo do nosso mundo interior!

Comece seu dia perguntando: "
Qual é o tamanho real da minha frigideira? " Não se deixe amedrontar pelas opiniões alheias, porque aos seus olhos, ela poderá ser maior do que você pensa. São os outros que tolhem nossa percepção, para que nós mesmos não enxerguemos o nosso valor...

Aproveite as oportunidades, mesmo que elas pareçam grandes demais para você!



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não se preocupe tanto!

Não se preocupe mais com tanta bobagem, apenas viva! Sua vida não pode ser em função de outra pessoa!

Quem te merece não te faz chorar. Se for chorar, que seja de felicidade!

Não se preocupe tanto assim com o que falam de você. Ninguém sabe o que se passa dentro de você.

O único que te conhece como ninguém é você mesmo.

Dê valor a quem te ama, guarde as cartas de amor, jogue fora as ofensas. Esqueça as divergências.

Viva cada dia como se fosse o último, pois pode bem ser e você não saberá.

Não tente entender o mundo nem as pessoas, é perda de tempo.

Apenas viva e sorria.

Permita que a felicidade entre na sua vida e não deixe que ela vá embora!


terça-feira, 12 de abril de 2011

FELICIDADE



Procurei pela felicidade a minha vida inteira... Sem dar-me conta de que felicidade não é um fim, nem um objetivo, mas um estado de espírito. Cada momento da vida é um retalho de felicidade, basta considerá-lo como tal.

            Quanta felicidade pode estar contida no singelo olhar da pessoa amada... Apenas segundos, os olhares se cruzam, passa tanta coisa pela cabeça da gente... Lembro do que já aconteceu, dos bons momentos que passamos  juntos. Antevejo o futuro, prevendo muito mais, querendo mergulhar para sempre nos seus olhos azuis... Que sensação maravilhosa, é um pedacinho do céu...

            O amanhecer, o pôr-do-sol, o riacho, o mar, a areia da praia, flores se abrindo e pássaros cantando na primavera, a vida desabrochando: isto também é felicidade.

            O tempo que disponibilizamos para passar bons momentos com nossos filhos, brincadeiras, passeios, também são retalhos de felicidade. Por isso, devemos nos dar o direito de passar momentos agradáveis com aqueles que nos são caros. Assim como nossos pais e avós, pessoas sábias  que nos poderão dar ótimos conselhos, contar histórias e acontecimentos de um passado distante. É imprescindível que dediquemos também a eles um pouco de nosso tempo. Uma conversa com uma pessoa de idade, pode ser um momento muito especial, que poderá não se repetir mais.

            Há felicidade também no trabalho, no ato de fazer aquilo que gostamos, de produzir na área para a qual temos talento, de desenvolver a capacidade que temos de dar o melhor em todas as oportunidades.

Amar o trabalho também traz felicidade, torna o fardo mais leve, as tarefas mais agradáveis.

            É importante descobrirmos  nossos talentos, nossas aptidões e colocarmos parte de nossas energias para desenvolvê-las. Atividades que nos dêem prazer, que nos gratifiquem, com as quais nos identificamos e nos engajamos, trazem igualmente felicidade.

            Assim como um trabalho voluntário, o ato de servir, de doar-se, também traz felicidade. É muito gratificante ver pessoas idosas, crianças, pessoas carentes, sentirem-se valorizados e úteis, quando alguém lhes leva carinho, solidariedade, conforto ou até mesmo o pão...

            Por isso,  precisamos considerar cada minuto como o último de nossa vida, como uma chance derradeira de partilhar amor e carinho com aqueles que amamos e que nos amam também. Um de nós pode estar partindo, sem nenhum de nós saber...

            A vida deve ser encarada assim, como uma dádiva de Deus, e cada momento alegre que vivemos, cada situação bonita que se apresenta, devemos considerar um pedacinho de felicidade. Unindo estes pedacinhos, os retalhos do céu, estaremos montando o quebra-cabeça, tornando nossa vida mais feliz.

(Crista, 2001)




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segunda-feira, 11 de abril de 2011

A doença de todos nós

(por Roodolpho Motta Lima) 

Jornal Evolução, Segunda, 11 de abril de 2011 10:32

  Não queria escrever sobre isso. Pelo menos não o queria fazer  agora, quando minhas palavras correm o risco de se confundir com o macabro e oportunista  show midiático que, à exaustão, inundou os olhos e ouvidos dos brasileiros e massacrou os nossos corações,em uma quinta-feira que marcará para sempre um dos episódios  mais tristes da história recente do país.

     Mas sou professor,  vivo nas salas de aula desde os anos 60, sou pai e avô, julgo-me um cidadão consciente,  e penso que, em qualquer dessas condições,  o massacre de Realengo me diz respeito diretamente.

   Muitos adjetivos foram aplicados ao jovem que, premeditadamente, a sangue frio, protagonizou o massacre, baleando com requintes de perversidade crianças inocentes e indefesas e, no final, dando fim à própria vida. Autoridades referiram-se a ele como "animal" – o Presidente do Senado caracterizou o ato como "terrorista" - e, a julgar pelas reações populares, é esse o sentimento geral a respeito da  figura do assassino.     

   Pessoalmente, a despeito da repugnância que me move, não quero adjetivá-lo, nem poderia fazê-lo , sob pena de estar levianamente falando sobre o que desconheço.  Muito difícil  entender logicamente e aplicar um vocabulário lógico a um comportamento que escapa à razão e cujos fundamentos estão lá no abismo ainda pouco conhecido da mente mal formada, ou, quem sabe,  deformada por outras mentes.  Sinto-me, sim , profundamente desconcertado,  entristecido e enlutado, ao perceber  como a morte estúpida de tantas crianças, abortando-lhes o futuro,  deixa exposta  a nossa impotência.

   Em todas as manifestações oficiais, menciona-se o repúdio à violência  e eu fico aqui pensando na obviedade vazia dessas palavras de indignação. Eu fico aqui pensando que tipo de violência devemos repudiar como causadora de uma tragédia como essa. Será a que se manifestou em um tiroteio cruel promovido por uma pessoa  vulnerável, ou aquela muito mais ampla que tem a ver com uma sociedade planetariamente adoentada?

    Professor, pai ou cidadão, identifico, desde os âmbitos restritos das escolas ou dos lares até o espaço universal da sociedade, um movimento   insidioso e nefasto que, levando as pessoas ao isolamento egocêntrico, vai-nos retirando, em doses crescentes, os humanitários valores da comunhão, da solidariedade, da irmandade saudável, para mergulhar os homens no oceano da solidão perversa, amiga íntima dos comportamentos mórbidos, das doenças do espírito, da desumanização

  Depoimentos esparsos sobre a personalidade do criminoso e os termos da carta por ele deixada permitem que localizemos  marcas do desequilíbrio que acabaram por provocar a catástrofe. Mas, aqui e ali, vamos percebendo, nas declarações colhidas, um tristíssimo ser perdido entre os seres, acumpliciado  aos próprios pensamentos da alienação, incapaz de reconhecer o mundo em que vive, talvez porque o mundo ao seu redor tenha sido incapaz de reconhecê-lo.

   Segundo se diz, o atirador era um homem sem amigos, com aversão ao social,  cuja única interação se dava com a máquina fria, o computador, cujo mundo era, literalmente, virtual.

   Acho que o episódio nos convida , sim, a muitas reflexões. Uma delas: para onde caminhamos neste culto ao próprio umbigo, nesta afirmação desequilibrada do indivíduo diante do coletivo, neste abandono do outro, neste desrespeito à alteridade?  Essa sociedade tecnológica que nos envolve e atrai será a nossa liberdade ou nosso túmulo ? Outra: que papel vem desempenhando a família contemporánea, que se transformou em um conjunto de indivíduos que cada vez menos interagem, cada um deles mergulhado nas suas próprias elucubrações e aspirações?

   Os termos da carta do jovem assassino de 23 anos são desconexos, mas trágicos, assustadores. São marcas de uma patologia grave, delirante, provavelmente esquisofrênica. Repletos de passagens de natureza mística, religiosa, traduzem posturas maniqueístas, que caracterizam comportamento fundamentalista. O fundamentalismo, aliás – seja do ocidente belicista  ou do oriente messiânico – é outra marca pérfida do mundo em que vivemos, e sobre a qual também deveríamos refletir neste momento. 

    Eu não queria escrever sobre isso. Gostaria muito de estar promovendo  o pensamento  sobre um mundo de progresso, sobre a felicidade espalhada  por aí a fora, sobre a evolução civilizatória como tônica da saga do ser humano.  Infelizmente, porém,  o assunto é esse. 

   Fala-se em voltar a discutir o desarmamento ou no fortalecimento de medidas de segurança ou de vigilância. Quanto a mim, absolutamente incapaz de oferecer soluções fáceis e demagógicas  tendentes a evitar fatos dessa espécie , restam-me, apenas,  palavras de indefinível tristeza e de desabafo.  Que não trazem as crianças de volta.  


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Viver ou juntar dinheiro?


Depoimento recebido por Max Gehringer, em um programa de rádio:


"Prezado Max meu nome é Renato, tenho 61 anos, e pertenço a uma geração azarada. Quando eu era jovem as pessoas diziam em escutar os mais velhos, que eram mais sábios agora me dizem que tenho de escutar os jovens porque são mais inteligentes. Na semana passada eu li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa. Aprendi por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado peguei um papel e comecei a fazer contas, e descobri para minha surpresa que hoje eu poderia estar milionário. Bastava eu não ter tomado as caipirinhas que eu tomei, não te feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que eu comprei, e principalmente não ter desperdiçado meu dinheiro, em itens supérfluos e descartáveis. Ao concluir os cálculos percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro. Mas se tivesse sabe o que este dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos, que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário eles chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro, mas sem ter vivido a vida."



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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dinheiro e felicidade

 

                Diz o ditado: "Dinheiro não traz felicidade". Mas que ajuda a encontrar o conforto, a manter a beleza, a saúde e dá melhores oportunidades de emprego, isso é incontestável. Não estou dizendo que não se pode ter todas essas coisas se necessariamente não o tivermos, mas atualmente se tornou muito difícil progredir se não houver um empurrão inicial.

         Em algumas culturas, o dinheiro é mal visto e por si só, constitui um pecado. Mas sozinho, não é capaz de produzir nada, nem de fazer mal ou bem a alguém. Só se movimenta com a mão do homem. A própria natureza apenas segue seu ciclo, não ganha nem perde, mas tudo se transforma. Sempre em benefício do coletivo, da sobrevivência, da evolução das espécies.

         O homem precisa de movimento para continuar vivendo e o dinheiro proporciona que as engrenagens da roda da vida continuem girando. Quando você compra um artigo, mesmo uma fruta ou hortaliça, alguém trabalhou para que isso chegasse as suas mãos. O valor cobrado nem sempre é o justo, mas serve para remunerar as pessoas que trabalharam ao longo de todo o processo.

         Assim também, quando contratamos um serviço, estamos pagando pelo trabalho de uma ou de várias pessoas. Muitas delas não tem mais nada a oferecer para ganhar o sustento, a não ser a força de seus braços ou o suor da sua testa. Mas é aí que entra a distribuição de renda: se eles podem trabalhar, fazendo um serviço que nós não temos tempo, vontade ou vocação para fazer, cabe a nós o pagamento justo pelo serviço prestado.

         Por isso, amigo leitor, preste atenção aos humildes trabalhadores, ao seu redor, que estão fazendo sua obrigação. Eles fazem aquilo que nós não podemos ou não queremos fazer. Merecem ser tratados com respeito. Muitas vezes, para eles, o dinheirinho ganho faz a alegria da família, sacia a fome e a sede dos seus, traz dignidade para uma vida simples. Esta pode ser a felicidade deles, bem distante do nosso conceito de felicidade.

         Por outro lado, se você não é feliz com o que tem, sempre está querendo mais, pare e reflita: o seu conceito de felicidade pode estar nos outros, nas coisas e não em você mesmo. Fica um vazio, falta um carinho, um abraço, ou jogar conversa fora com os amigos, fazer ou receber uma visita de alguém querido. Para isso, você não precisa de dinheiro, apenas de boa vontade, de dar um tempo para si mesmo...

         Veja como é ambígua esta questão: depende de como você olha, qual a sua perspectiva. O dinheiro pode trazer felicidade ou ser um obstáculo para ela. Mas a felicidade está dentro de você, ao longo do caminho que leva até lá!




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segunda-feira, 4 de abril de 2011

AO MEU FILHO

Hoje eu abri um livro. Não sei exatamente porque, dentre tantos de minha biblioteca, escolhi aquele. Quando o abri, na primeira página, havia um desenho e o seu nome.

Recordei-me do dia em que comprei a obra. Era um lançamento, e muito caro. A capa encadernada, folhas de papel de primeiríssima qualidade, um autor famoso. Coloquei-o sobre a mesa da biblioteca, para ler um pouco mais tarde.

Lembro-me que, quando descobri que você escrevera ali o seu nome, o chamei. Eu estava muito zangado. O livro era meu e você escrevera seu nome nele e fizera um desenho. Chamei-o para lhe dar uma grande bronca. Você veio sorrindo e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, vendo que eu segurava o livro em minhas mãos, me disse: "E daí, papai, gostou do coração que eu desenhei no seu livro? É o meu coração, papai... Para você. E também coloquei meu autógrafo. Como os artistas fazem. Gostou, papai?"

Você pulou no meu pescoço, beijando-me. Pois é, naquele dia não houve bronca. Como poderia? Eu estava preocupado com um livro que comprara e era precioso. Mas o meu bem mais precioso, você, tinha colocado nele a sua marca. Não por maldade, ou por desejar estragá-la, mas para me dar um presente.

Hoje, tantos anos passados, quando você já constituiu sua família e está distante, ao abrir o livro, tudo aquilo brotou dos arquivos da memória. Passei os dedos sobre aquelas garatujas que pretendiam ser um desenho do seu coração e seu nome. Você mal havia aprendido a escrever seu nome, em letras grandes. Você está longe, há tempos não nos falamos. A vida é tão estranha...

Quantas vezes lhe disse para ficar quieto porque eu desejava ter um pouco de silêncio? Sabe, meu filho, daria tudo que tenho para ouvir sua voz, hoje, em minha velhice, aqui, na sala em que me encontro. Ter o seu abraço, outra vez. Não sei quando tornaremos a nos ver. Seu trabalho o mantém muito distante de mim.

Mas, saiba filho, foi muito bom encontrar seu nome e seu coração grafados em meu livro. Fez-me muito bem à alma relembrar tudo isso. E fico feliz em não lhe ter dado a bronca, naquele dia. Você me deu um grande presente. Deu o que você tinha de melhor: o seu afeto grafado.

Sinceramente desejo que seus filhos façam o mesmo com você. Porque chegará sempre o dia em que, distantes, você ansiará por vê-los, por tê-los a seu lado. Sinceramente espero que encontre escritos, bilhetes, desenhos em cada folha de seus livros, na capa de um CD.

Obrigado, meu filho!

(autor desconhecido)


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Muitas flores para você...

Pela paz que você semeia. Pelas verdades que você afirma.

Pela alegria que você transmite. Pela justiça que você defende.

Pela beleza que só você tem. Pela doce simplicidade dos seus gestos.

Pelo seu abraço gostoso. Pelo brilho do seu olhar.

Pela sabedoria que guia os seus atos. Pelo amor que dedica às pessoas, às plantas e aos animais.

Pela constante busca da felicidade. E por encontrar, nesta busca, a felicidade.

Por ser parte de uma família tão especial. Pela sua sensibilidade. Por tudo que você é.

Todas essas flores são para você.

E quem lhe enviou, acha que são poucas, pois você tem o dom de transformar a vida dos que se aproximam de você, no mais lindo jardim, com todo o carinho.

Muito obrigada por você existir...
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