segunda-feira, 2 de abril de 2018

TEMPERANÇA


A temperança é a flor da serenidade, cujas raízes estão na sensatez. Quanto menor for a dependência, de qualquer tipo ou espécie, maior será a tranquilidade do indivíduo. Quanto mais moderado em relação às minhas necessidades, mais livre consigo ser. A liberdade preserva a dignidade. Esta nos envolve em paz, que por sua vez nos permite respirar o ar puro da felicidade. Então, conseguimos amar de verdade, despojado das exigências mundanas que nos impomos.

A temperança é a arte da harmonia entre as metades na integralização do ser. Ela tem a capacidade de desnudar algumas sombras, como a volúpia, a inveja, o ciúme e a ganância, por exemplo. Ao mostrar a insensatez de muitos dos desejos do ego e a importância de valorizar as necessidades fundamentais da alma, a temperança nos orienta rumo à plenitude. Ela retira o enorme peso do ter para oferecer leveza ao ser. Não se trata de desfrutar menos a vida, mas aproveitar melhor todas as coisas que há na existência.

Como menos se torna mais diante da fortuna imaterial da plenitude. Liberdade, dignidade, paz, felicidade e amor são as flores do sagrado ocultas no jardim do mundo; encontrá-las é o encantamento da vida e o poder incomensurável da alma. Se a humildade é a virtude que abre o portal do Caminho, a temperança me equilibra através dele.

 

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