Há coisas que nunca mudarão: o murmúrio da água na floresta à noite, um riso de mulher no escuro, o ruído nítido e áspero do arrastar de saibro, o silêncio do meio-dia nas campinas quentes, a teia delicada de vozes infantis no ar claro.
Essas coisas nunca mudarão...
O cintilar do sol na água agitada, o esplendor das estrelas contra o negror noturno, a inocência límpida das manhãs ensolaradas, o cheiro úmido do mar nos portos, a mancha purpúrea e vaporosa dos brotos nos ramos novos.
Essas coisas sempre serão as mesmas.
O frescor do verde no despertar da primavera, o ar parado e tépido das noites de verão, as folhas amareladas e desfalecidas do outono, a brisa gelada que envolve o mundo nas tardes de inverno.
Essas coisas não mudam nunca...
Todas as coisas que pertencem à Terra jamais mudarão. A folha, a flor, o vento que chora, adormece e torna a despertar, as árvores cujos braços rígidos se tocam e tremem no escuro; o sol, a chuva, os delicados flocos de nove, as gotículas de orvalho nas folhas, o suave canto dos pássaros, o breve voo das borboletas.
Essas coisas serão sempre as mesmas, pois vêm da Terra, que nunca muda...
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