terça-feira, 13 de novembro de 2012

DESPRENDIMENTO




 

Eis uma atitude que não costumamos cultivar. Tradicionalmente, ouvimos desde pequenos que precisamos construir, acumular, atrair mais e mais bens materiais, para que não nos falte no futuro. Entretanto, esquecem de nos ensinar quais são os bens mais preciosos, que devemos valorizar por toda a vida.

Não nos ensinam que a vida é uma lição, uma passagem, uma pequena parte de um grande ciclo infinito e eterno. Neste grande ciclo permanecemos, amando, ajudando, criando e resolvendo conflitos, errando e acertando, pedindo e oferecendo perdão.  Encontramos muitas outras pessoas, que atravessam nosso caminho ou andam ao nosso lado, passam por perto ou tão distantes, que nem as vemos passar.

Você já se perguntou por que alguns estão ao nosso lado? Nasceram na mesma família, são tão próximos como irmãos, porque nos amam acima de tudo e porque nós precisamos deles em algum momento. Assim acontece conosco, representamos a mesma coisa para eles e para outros, também.

Então, não é melhor cultivar as boas coisas da vida, em vez de dar lugar à inveja, à maledicência, ao orgulho e até ao ódio? Se podemos encher nossa vida de amor, de amizade, compartilhar os momentos, não é mais produtivo perdoar, esquecer as mágoas e o rancor e desfrutar da presença dos que nos são queridos e importantes? Não sabemos quando vamos nos encontrar de novo e a vida é uma dádiva que deve ser vivida plenamente.

São estes bens que não nos ensinam a cultivar, porque cada vez mais as pessoas se preocupam em acumular riquezas, esquecendo que a maior riqueza é dar de si para os outros: amor, amizade, solidariedade, compaixão, perdão... Nada disso custa algum valor monetário. Pelo contrário, quanto mais "gastamos", mais "ricos" ficamos. A intensidade do desprendimento em doar-se aos outros retorna em dobro em forma de felicidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário