Os microcosmos emergem como um mundo altamente interativo, impossível de ser descrito pela linguagem humana, mas apenas por via da matemática. Forma uma unidade complexa na qual cada partícula é ligada a todas as outras e isso desde os primórdios da aventura cósmica há 13,7 bilhões de anos. Matéria e mente comparecem misteriosamente entrelaçadas, sendo difícil discernir se a mente surge da matéria ou a matéria da mente ou se elas surgem conjuntamente. A própria Terra se motra viva (Gaia) articulando todos os elementos para garantir as condições ideais para a vida. Nela mais que a competição, funciona a cooperação de todos com todos. Ela mostra um impulso para a complexidade, para a diversidade e para a irrupção da consciência em níveis cada vez mais complexos até a sua expressão atual pelas redes de conexões globais dentro de um processo de mundialização crescente.
Esta cosmovisão nos alimenta a esperança de um outro mundo possível, a partir de um cosmos em evolução que através de nós sente, pensa, cria, ama e busca permanente equilíbrio. As idéias-mestras como interdependência, comunidade de vida, reciprocidade, complementariedade, corresponsabilidade são chaves de leitura e nos alimentam uma nova visão mais harmoniosa das coisas.
Esta cosmologia é que falta hoje. Ela tem o condão de nos fornecer uma visão coerente do universo, da Terra e de nosso lugar no conjunto dos seres, como guardiães e cuidadores de todo o criado. Esta cosmovisão nos impedirá de cair num abismo sem retorno. Nas crises passadas, a Terra sempre se mostrou a nosso favor, nos salvando. E não será diferente agora. Juntos, nós e ela, sinergeticamente poderemos triunfar.
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