terça-feira, 12 de abril de 2011

FELICIDADE



Procurei pela felicidade a minha vida inteira... Sem dar-me conta de que felicidade não é um fim, nem um objetivo, mas um estado de espírito. Cada momento da vida é um retalho de felicidade, basta considerá-lo como tal.

            Quanta felicidade pode estar contida no singelo olhar da pessoa amada... Apenas segundos, os olhares se cruzam, passa tanta coisa pela cabeça da gente... Lembro do que já aconteceu, dos bons momentos que passamos  juntos. Antevejo o futuro, prevendo muito mais, querendo mergulhar para sempre nos seus olhos azuis... Que sensação maravilhosa, é um pedacinho do céu...

            O amanhecer, o pôr-do-sol, o riacho, o mar, a areia da praia, flores se abrindo e pássaros cantando na primavera, a vida desabrochando: isto também é felicidade.

            O tempo que disponibilizamos para passar bons momentos com nossos filhos, brincadeiras, passeios, também são retalhos de felicidade. Por isso, devemos nos dar o direito de passar momentos agradáveis com aqueles que nos são caros. Assim como nossos pais e avós, pessoas sábias  que nos poderão dar ótimos conselhos, contar histórias e acontecimentos de um passado distante. É imprescindível que dediquemos também a eles um pouco de nosso tempo. Uma conversa com uma pessoa de idade, pode ser um momento muito especial, que poderá não se repetir mais.

            Há felicidade também no trabalho, no ato de fazer aquilo que gostamos, de produzir na área para a qual temos talento, de desenvolver a capacidade que temos de dar o melhor em todas as oportunidades.

Amar o trabalho também traz felicidade, torna o fardo mais leve, as tarefas mais agradáveis.

            É importante descobrirmos  nossos talentos, nossas aptidões e colocarmos parte de nossas energias para desenvolvê-las. Atividades que nos dêem prazer, que nos gratifiquem, com as quais nos identificamos e nos engajamos, trazem igualmente felicidade.

            Assim como um trabalho voluntário, o ato de servir, de doar-se, também traz felicidade. É muito gratificante ver pessoas idosas, crianças, pessoas carentes, sentirem-se valorizados e úteis, quando alguém lhes leva carinho, solidariedade, conforto ou até mesmo o pão...

            Por isso,  precisamos considerar cada minuto como o último de nossa vida, como uma chance derradeira de partilhar amor e carinho com aqueles que amamos e que nos amam também. Um de nós pode estar partindo, sem nenhum de nós saber...

            A vida deve ser encarada assim, como uma dádiva de Deus, e cada momento alegre que vivemos, cada situação bonita que se apresenta, devemos considerar um pedacinho de felicidade. Unindo estes pedacinhos, os retalhos do céu, estaremos montando o quebra-cabeça, tornando nossa vida mais feliz.

(Crista, 2001)




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