quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dinheiro e felicidade

 

                Diz o ditado: "Dinheiro não traz felicidade". Mas que ajuda a encontrar o conforto, a manter a beleza, a saúde e dá melhores oportunidades de emprego, isso é incontestável. Não estou dizendo que não se pode ter todas essas coisas se necessariamente não o tivermos, mas atualmente se tornou muito difícil progredir se não houver um empurrão inicial.

         Em algumas culturas, o dinheiro é mal visto e por si só, constitui um pecado. Mas sozinho, não é capaz de produzir nada, nem de fazer mal ou bem a alguém. Só se movimenta com a mão do homem. A própria natureza apenas segue seu ciclo, não ganha nem perde, mas tudo se transforma. Sempre em benefício do coletivo, da sobrevivência, da evolução das espécies.

         O homem precisa de movimento para continuar vivendo e o dinheiro proporciona que as engrenagens da roda da vida continuem girando. Quando você compra um artigo, mesmo uma fruta ou hortaliça, alguém trabalhou para que isso chegasse as suas mãos. O valor cobrado nem sempre é o justo, mas serve para remunerar as pessoas que trabalharam ao longo de todo o processo.

         Assim também, quando contratamos um serviço, estamos pagando pelo trabalho de uma ou de várias pessoas. Muitas delas não tem mais nada a oferecer para ganhar o sustento, a não ser a força de seus braços ou o suor da sua testa. Mas é aí que entra a distribuição de renda: se eles podem trabalhar, fazendo um serviço que nós não temos tempo, vontade ou vocação para fazer, cabe a nós o pagamento justo pelo serviço prestado.

         Por isso, amigo leitor, preste atenção aos humildes trabalhadores, ao seu redor, que estão fazendo sua obrigação. Eles fazem aquilo que nós não podemos ou não queremos fazer. Merecem ser tratados com respeito. Muitas vezes, para eles, o dinheirinho ganho faz a alegria da família, sacia a fome e a sede dos seus, traz dignidade para uma vida simples. Esta pode ser a felicidade deles, bem distante do nosso conceito de felicidade.

         Por outro lado, se você não é feliz com o que tem, sempre está querendo mais, pare e reflita: o seu conceito de felicidade pode estar nos outros, nas coisas e não em você mesmo. Fica um vazio, falta um carinho, um abraço, ou jogar conversa fora com os amigos, fazer ou receber uma visita de alguém querido. Para isso, você não precisa de dinheiro, apenas de boa vontade, de dar um tempo para si mesmo...

         Veja como é ambígua esta questão: depende de como você olha, qual a sua perspectiva. O dinheiro pode trazer felicidade ou ser um obstáculo para ela. Mas a felicidade está dentro de você, ao longo do caminho que leva até lá!




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