sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Os perfumes da nossa vida



Nosso cérebro armazena inúmeras lembranças. Quando ativado por um estímulo externo, que é o aroma, o cérebro desencadeia uma reação neurológica na memória, associando tal cheiro a fatos importantes da nossa vida.

Basta sentir um cheiro familiar para que a cena do passado venha para nossa memória com uma incrível riqueza de detalhes. São os cheiros de nossas vidas. Quem não lembra o cheiro de livro novo, perfume de flor, o perfume de alguém...
A "memória olfativa" é um fenômeno que acontece porque o olfato está diretamente ligado aos mecanismos fisiológicos que regem as emoções. Quando sentimos um cheiro, a informação passa pelas narinas e é processada no sistema límbico, parte do cérebro responsável pela memória, sentimentos, reações instintivas e reflexos.
Conforme Scardua (2011, s.p), a relação entre cheiro e emoção pode ser entendida a partir da investigação do processamento das informações olfativas pelo sistema sensorial. Quando sentimos um aroma, de imediato as amígdalas trabalham e relacionam aquele odor à ação que está ocorrendo ou como nos sentimos naquele momento. O cheiro é, então, guardado na memória acompanhado da emoção/sentimento que estamos vivenciando naquele momento.

Quando voltamos a sentir o mesmo cheiro, a memória afetiva é ativada, e a conexão entre o aroma e a emoção correspondente torna-se perceptível. É por isso que, às vezes, somos acometidos pela lembrança de uma situação passada na presença de determinados odores.

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