sexta-feira, 27 de setembro de 2013

HUMILDADE





A humildade é uma virtude que se ignora. Por isso mesmo não se ensoberbece nem se desvaria.
Quanto mais se oculta, mais se aformoseia e, quando ignorada, é qual madrugada rutilante abrindo o dia para o Sol.
A humildade é espontânea e, para ser legítima, não se improvisa. Deve ser cultivada com perseverança e desenvolvida infatigavelmente.
Onde surjam suas primeiras manifestações, também aí aparecem adversários vigorosos.
A vida moderna, com falsos conceitos, conspira contra sua vitalidade, proclamando-a covardia e fraqueza...
No entanto, a humildade não pode ser confundida com a timidez nem com o medo.
Não é uma virtude estática, mas dinâmica. Por essa razão, não é parasitária nem acomodatícia.
É força combativa, movimento atuante.
Somente os caracteres bem modelados podem senti-la.
Sofrer humildemente não significa acomodar-se à dor; antes, é lutar heroicamente por vencer a aflição sem, contudo, rebelar-se.
É mais fácil revidar uma ofensa do que desculpá-la, vencendo todos os impulsos inferiores que residem no imo.
Quando a humildade se submete aos fortes e se revolta contra os fracos, entenebrece-se, fazendo-se servilismo. No entanto, silencia quando acusada pelos poderosos ou quando ofendida palos fracos.
A humildade ajuda sem jactar-se, como o resgato precioso que ignora o bem que espalha; qual Sol sorridente que desconhece a vitalidade que difunde; como fruto abençoado que não sabe o excelente paladar de que é constituído...

Se te causticam as forças da revolta e te ferem os aguilhões do desespero, semeia hoje a humildade no coração. Talvez amanhã continues o mesmo. Dia virá, porém, em que germinará a bênção da excelsa virtude, enflorescendo tua vida.
Confia, espera e, servindo com destemor, experimentarás a harmonia decorrente de tudo sofrer, humildemente, por amor ao Grande Amor de todos os amores.

Mensagem extraída do livro Messe de Amor, psicografia de Divaldo Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

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